AS NACIONAIS
As D100 produzidas no Brasil sempre tiveram a mesma configuração de mecânica, ou seja, motor V8, câmbio de três marchas com alavanca na coluna de direção, quatro freios a tambor sem assistência, direção mecânica e só.
A única variação mais marcante foi a versão Luxo, que tinha detalhes cromados e frisos laterais de alumínio similares aos usados nas versões luxuosas norte-americanas.
A pickup Dodge D100 nacional foi lançada em 1969, ocasião em que a Chrysler do Brasil lançou também o Dodge Dart. Logo viriam os caminhões D400, P700-A e D950-S, da mesma família da D100, mas com motorização diesel MWM ou Perkins.
Contando basicamente com o mesmo motor que equipava os carros de passeio da montadora, a D100 concorria com as Ford F-75 (menor e mais barata); Ford F-100 e Chevrolet C-1404 (depois C-10), ambas do mesmo porte da Dodge porém com mais tradição no mercado; Toyota Bandeirante (mais para "jipe" e com motor diesel) e VW Kombi 1500, preferida no uso urbano.
O utilitário da Chrysler , ao contrário dos concorrentes, não conseguiu se consolidar no mercado, razão pela qual a empresa deixou de produzí-la localmente em 1971. Consta que o modelo foi montado em CKD vindo da Argentina de 1976 a 1978, exclusivamente para frotas públicas, em pequenas quantidades.
Há também algumas referências imprecisas de outros modelos de D100 vendidas no Brasil em anos posteriores, com certeza trazidas da Argentina e "nacionalizadas".
AS NORTE-AMERICANAS
As D100 produzidas e comercializadas no Brasil eram derivadas das D100 norte-americanas, fabricadas lá entre 1961 e 1971, dando lugar posteriormente às Dodge Ram, denominação existente até hoje. No tempo em que foi produzida no Brasil, a D100 não sofreu qualquer alteração de desenho e mecânica, muito diferente do que aconteceu nos 10 anos em linha nos EUA.
Lá ocorreram pelo menos seis alterações na dianteira (basicamente grada e capô), muitas versões entre econômicas e luxuosas, culminando em 1970 e 1971 com uma série esportiva denominada "Dude", com motor 383 V8 de 258 cv. Além da potência, a mais interessante das D100 produzidas tinha opções de cores "berrantes", como se dizia na época, entre elas o verde típico da marca.
A D100 foi produzida nos EUA também com motor seis cilindros em linha (225 pol3 e 140 cv), opções de câmbio manual de três ou quatro marchas e automático de três marchas; caçamba longa ou curta; além de cabine dupla, duas opções de entre-eixos e caçamba com laterais "lisas" (semelhante às brasileiras), denominada Sweptline ou "step-side", com paralamas proeminentes.
Em alguns anos teve capota de vinil, diferencial auto-blocante, condicionador de ar e tração 4 x 4. Muito diferente do que ocorreu no Brasil. Aqui no blog detalharemos os modelos nacionais e importados. Acompanhe.
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